O mais novo empreendimento, apesar de já existir há 20 anos, poderá ser implantado na região do Açu, em São João da Barra, com a aquisição de uma área de 70 mil hectares próximo ao porto para o primeiro módulo de produção da super can
Com uma captação de US$ 500 milhões de dólares com um fundo de Abu Dhabi, estruturado pelo banqueiro Mário Garnero, para aquisição e operação do primeiro módulo, o projeto visa o cultivo da super cana modificada geneticamente e que tem capacidade de produzir 3 vezes mais etanol e 12 vezes mais biomassa que a cana tradicional.
Quando estiver operacional o módulo terá a capacidade de produzir 1 bilhão de litros de etanol por ano e 1 milhão de toneladas de biomassa.
Segundo publicação do Brazil Journal, o interesse dos investidores, além do retorno financeiro, pois ficarão com 40% do módulo, está na produção de SAF (combustível sustentável de aviação), para a Emirates, companhia aérea dos Emirados Árabes.
Os números são superlativos:
Com o aporte inicial, já estima que o negócio esteja avaliado em US$ 1,6 bilhão de dólares post money;
EBITDA estimado em 4 anos de US$ 5,9 bilhões de dólares;
Projeção de uma valorização (valuation) por módulo no valor de US$ 63 bilhões de dólares;
Produção média de 181 toneladas de cana por hectare – a cana comum tem uma produtividade em média de 58 toneladas;
Projeção de milhares de empregos;
Os dados são positivos tanto na produção, quanto no retorno financeiro, o que pode mudar os investimentos na região, porém de nada será válido se não tiver uma mudança de mentalidade dos gestores regionais quanto investir em mão de obra especializada, infraestrutura, parceria público privada e acima de tudo que os gestores regionais qualifiquem suas estruturas.
Mais uma vez o raio cai na região, só não podemos ficar à margem, contemplar e observar passar.
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